Fiapo de vida,
Fio de teia
Num banheiro imundo
Sujo.
Seus lábios, sinto tão meus
que a ti me entrego.
Fiapo de vida,
Fio de teia
Tão escorregadiço
Sossego
Num suspiro, entrecortar de respirar
Gemido, ganido... Um grito.
A ti ofereço.
Como areia que sou
Escorrendo entre lágrimas e sorrisos
Fiapo de vida,
Fio de teia
Disto não passa...
É o que sou!
E eu que não gosto de samba
No meio da roda, pedi mais um trago
Fumaça inebriando visão
Torpe, confusa
Num descompasso
Que passo!
Eu que não gosto de mim
E por ti...
Fiapo de vida,
Fio de teia...
Aranha, barata, lagarta
Borboleta sou!