quinta-feira, julho 12, 2007

"Mornamente"

Desespero preso na garganta, ganido.
Eco trêmulo ao meu ouvido, gemido.
Fervor na pele queimando rosto,
Tudo que sou, somente esboço.

E canto e grito, engano e escondo,
Sorriso enfeito, alvo e branco.
Uso capas e batons, espanto nudez
Máscaras em vários tons, perder lucidez.

Sangue morno corre em ébria mente
Carne seca, cansada, vida estagnada,
Nem frio ou quente, olhar dormente.

E forte brado se perde ao vento,
Engulo a seco a lágrima estocada.
Apelo! Definha-se tempo...

Amanda Oliveira

Nenhum comentário: