Traz de volta o sol
Não mais viva, sou.
Agora tudo tão cinza, insosso.
Lagrimas escorrem pelo pára-brisa
(sentindo o cheiro,
teus cachos em meus dedos)
Traz de volta o sorriso
Não mais alegre, estou.
Agora tudo tão quieto, calado.
Perdida na chuva lá fora
(sentindo o gosto,
tua boca em meus lábios)
Traz de volta o calor
Não mais brasa, sinto.
Agora tudo tão apático, gelado.
Correndo sozinha estrada afora.
(sentindo o frio,
teus braços a envolver-me)
E quando olho o retrovisor
Paisagem insensível, sem cor.
Percebo que pedaços ficaram pra trás
Olhares, afagos, cuidados,
Sem teu corpo, tanto faz.
Tudo tão cinza está.
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4 comentários:
Ah! Esses poetas solitários como uma ilha cercada de mar de gente por todos os lados, tão sós como na hora da morte, que se não for cinza é branca, tão comovidos com tudo e com nada, tão silenciosos e eloqüentes, calados em cada grito, com seus olhares de Jano para todos os lados, presente, futuro e passado. Ah! Esses poetas tão imprescindíveis, e tão inevitáveis!
Soberba manifestação poética vinda de uma flor tão sublime, tão excelsa, neste jardim cosmopolita que é a blogosfera!
E que aroma, Deus meu!
Sabe a café doce, tem o gosto da goiaba, enfim, tropicalismo q.b.
para inebriar os sentidos de quem lê!
Sabe bem ler isto, será que vicia?!
Deixe a paisagem cinza fazer parte do universo do teu retrovisor, olhe pra frente e sem duvida vera o dia da certeza de coisas melhores raiando. ;)
Aya
que força da natureza calou a poetiza??o amor arrebatador, o vento da passividade ou o mar de ócio que cerca nossas ilhas de boa vontade??
cade a poesia que cercava meu dia??
OLHA A PEDRA!!!RSRS
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